segunda-feira, 11 de abril de 2011

“Sobre História de Fadas”






O que são histórias de fadas? Qual a sua origem? Para que servem? Em seu ensaio inédito “Sobre Histórias de Fadas”, J.R.R. Tolkien parte dessas questões para formular sua própria teoria a respeito da fantasia e de seu papel na sociedade atual. Escrito ao mesmo tempo em que a trilogia O Senhor dos Anéis começava a tomar forma, esse ensaio é um dos elementos fundamentais para entender muitos dos pensamentos e das inquietações que levaram à criação do universo fantástico tolkieniano.









Nota Introdutória

“Estas duas coisas, Sobre Histórias de Fadas e Folha por Niggle, estão aqui reimpressas e publicadas em conjunto. Já não são fáceis de se obter, mas ainda podem ser consideradas interessantes, em especial por aqueles a quem O Senhor dos Anéis deu algum prazer. Apesar de uma ser um “ensaio” e a outra um “conto”, estão relacionadas: pelos símbolos da Árvore e da Folha e pelo fato de ambas se referirem, de formas diferentes, ao que o ensaio chama de “subcriação”. Também foram escritas no mesmo período (1938-39) em que O Senhor dos Anéis começava a se desenvolver e a desdobrar perspectivas de labuta e exploração numa terra ainda desconhecida, tão assustadora para mim quanto para os hobbits. Mais ou menos àquela época havíamos chegado a Bri, e eu não tinha muito mais noção do que eles sobre o que fora feito de Gandalf ou quem era Passolargo; e eu começava a duvidar de que sobreviveria para descobrir.
O ensaio foi originalmente elaborado como uma Palestra sobre Andrew Lang e, de uma forma mais concisa, foi apresentado na Universidade de St. Andrews em 19381. Acabou sendo publicado, com uma pequena ampliação, como um dos itens de Essays Presented to Charles Williams, Oxford University Press, 1947, agora esgotado. Ele é reproduzido aqui com apenas algumas alterações menores.
O conto só foi publicado em 1947 (Dublin Review). Não foi alterado desde que chegou à forma manuscrita, muito depressa, em um dia em que acordei já o tendo em mente. Uma de suas fontes foi um pé de álamo com grandes galhos que eu conseguia enxergar mesmo deitado na cama. Foi subitamente podado e mutilado pelo proprietário, não sei por quê. Agora foi derrubado, uma punição menos bárbara por quaisquer crimes de que possa ter sido acusado, como ser grande e estar vivo. Não acho que tivesse algum amigo, ou alguém que lamentasse sua ausência, exceto por mim e um par de corujas.”

                               J.R.R. TOLKIEN












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